A CPLP foi ‘fabricada’ em 1993, três anos antes da sua formalização, pelo Governo brasileiro de Itamar Franco, logo após o ‘impeachment’ de Collor de Mello, numa investida diplomática tão surpreendente como a crise sem precedentes com Portugal.
A primeira notícia foi divulgada em março de 1993 no jornal Semanário, de Lisboa, com o título “Itamar manda conquistar PALOP”. Citava um documento interno da diplomacia brasileira, considerando que “muito pouco se fez pela gradeza da lusofonia” e impunha-se a criação da Comunidade dos Povos de Língua Portuguesa (CPLP).
Este rascunho foi submetido ao então chefe da diplomacia portuguesa, Durão Barroso, que deu o seu acordo a uma jornada do embaixador brasileiro em Lisboa, José Aparecido de Oliveira, tido como o “pai” da CPLP, para apresentar o projeto a todos os líderes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), começando por Nino Vieira, na Guiné-Bissau.
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